terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

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Acordei com vontade de voltar a mergulhar naquele mundo que teima em não me deixar entrar. Aquele que nos seduz, que nos agarra com as duas mãos e nos sussura ao ouvido que nada há a temer. E deixo-me seduzir por ele. Agarra-me, leva-me, diz-me que está tudo bem, que dentro de ti eu adormeço, fecho os olhos sem medo... e sonho. Entro num mundo que desejo ser longe de tudo o que conheço, fora e dentro dele ao mesmo tempo. Toco o céu com a ponta dos dedos e sinto, no mesmo instante, a areia fria debaixo dos pés. Nada é impossível, tudo é real. Naquele momento, inconsciente, sem controlo, sem rede, sinto a liberdade que nunca alcanço, que sei ser impossível de conseguir. Ontem mergulhei, respirei fundo, dei um passo, tentei abrir a porta, mas estava fechada à chave.

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